Yahoo / Ultrapop por Pedro Alexandre Sanches (15/02/2012): A Mangueira de Xangô (e de todos os orixás): Martinho da Vila lançou "Recordação de um Batuqueiro" em 1971. Clara Nunes fez sucesso com "Quando Vim de Minas" em 1973, o mesmo ano em que Clementina de Jesus trovejou o samba rural "Moro na Roça". Por trás desses três clássicos da década de 70, havia um mesmo nome, o de Xangô da Mangueira. Hoje esse apelido é pouco lembrado em comparação com outros pilares do samba, e menos ainda o nome de batismo do músico, Olivério Ferreira. Três anos após sua morte, aos 85 anos, Xangô está sendo lembrado pela gravadora carioca Discobertas, de Marcelo Fróes. O selo independente, que vem empenhando trabalho único e fundamental no resguardo do relicário musical brasileiro das décadas passadas, recupera de uma vez só os quatro títulos essenciais do compositor e cantor, a partir de "O Rei do Partido Alto" (1972), no qual apareciam as versões de autor para os três sambas citados acima. A importância de Xangô para a história do samba é maior que a lembrança atual de seu nome. Puxador dos sambas-enredo da Mangueira até o início dos anos 1950, entregou o ofício à garganta de ninguém menos que Jamelão. À mesma época, recebia o cetro de diretor de harmonia da escola das mãos de Cartola, de quem era auxiliar. Foi da ala de compositores e integrante da bateria da Estação Primeira de Mangueira por mais de cinco décadas. Em outras horas não-vagas, trabalhava como estivador do cais do porto do Rio, operário, segurança, funcionário público. >>> Leia mais, clique aqui.
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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012
A Mangueira de Xangô (e de todos os orixás)
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