Revista Visões 5ª Edição, Nº5, Volume 1 - Jul/Dez 2008
Ramon Fiori Fernandes Sobreira (UERJ e Centro Universitário Celso Lisboa)
CARLOS JOSÉ SALDANHA MACHADO (UERJ e Fundação Oswaldo Cruz)
RESUMO: O presente artigo objetiva contribuir para uma interlocução entre as lideranças religiosas afro-brasileiras na cidade do Rio de Janeiro e os gestores da administração ambiental local, através da formulação de ações de educação ambiental cooperativa que conduzam a uma desconstrução da marginalização daquelas religiões e à preservação do valor cultural agregado àquelas práticas. Trata-se de demonstrar que o surgimento de uma ética ambiental nas comunidades religiosas afro-brasileiras está integrado a um processo social de engajamento de diversos atores em ações de preservação ambiental. O reconhecimento da emergência desta ética ambiental nas religiões afro-brasileiras facilitará o planejamento de ações de educação ambiental em relação às oferendas rituais inerentes a estas religiões, consideradas ambientalmente lesivas pelas autoridades ambientais. Concluí-se afirmando que essas ações não devem ser impostas, mas coordenadas pelas próprias comunidades religiosas, por organizações não governamentais, por instituições de ensino e pelas agências públicas de polícia ambiental.
Palavras-chave: Práticas religiosas afro-brasileiras; Ética ambiental; Socioambientalismo.
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